Greve na <i>Lufthansa </i>

Uma greve sem precedentes na última década está a afectar a maior transportadora aérea alemã. Na segunda-feira, 28, o pessoal de terra e de bordo aprovou a realização de uma greve por tempo indeterminado em defesa de aumentos salariais.
Convocada pelo sindicato Ver.di, a paralisação abrange cerca de 52 mil trabalhadores e atinge a actividade de uma dúzia de aeroportos, entre os quais se contam o de Frankfurt, Munique e Berlim.
Os grevistas exigem aumentos de 9,8 por cento para o período de um ano, considerando insuficiente a proposta da empresa que oferece 6,7 por cento para 21 meses acrescidos de um prémio equivalente a um por cento.
O sindicato calcula que cada dia de paralisação terá um custo de cerca de cinco milhões de euros, pressão económica que obrigará a administração a ceder às reivindicações dos trabalhadores.
Por outro lado, o Ver.di sublinha que a companhia realizou avultados lucros no ano passado, no valor de 1,37 mil milhões de euros, ou seja, um aumento de 63 por cento em comparação com o exercício anterior. Todavia, este resultado não reverteu a favor dos trabalhadores que foram contemplados com uma diminuta actualização salarial de apenas 3,4 por cento.
Já na semana passada, a empresa tinha sido atingida, nos dias 22 e 23, por uma greve dos pilotos das filiais Eurowing e Cityline, igualmente por aumentos salariais, que provocou o cancelamento de 900 voos.


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